Caio Martins.
(img:cvm - mariann - 1999)
Tivesses, talvez
apagadas estrelas, outros
tempos, ritmos, rituais
não farias, quem sabe
arderem em fúria medíocres átomos
e amebas cruas, partes
atávicas deste universo
elementar.
Porém, ao teu corpo consumir
meus olhos, estruturas,
a textura de meu sexo
meu nexo e sentidos,
pulsaste liberta e vadia,
ilha in(can)descente
de magia essencial.
Mulher...
E depois ficaram
só os traços
de tuas unhas e dentes
teu abraço
de longos braços e pernas,
teu cheiro, o jeito
de menina antiga, (e)terna,
o sabor acre
desta paixão desorbitada,
ancestral.
Soubessem deste delírio
“irreverente-devasso-amoral”
medíocres átomos e amebas
cruas empedradas,
suspeitassem
- os puros, santos e anódinos -
desta loucura atemporal
e seríamos fuzilados...
(26/12/1990 - sb. do campo)
Lindo poema!
ResponderExcluirQuando o amor extravasa os sentidos é digno de viver em plenitude!
Beijos
Mirze
Tudo lindo demais por aqui. Amei! Bjs.
ResponderExcluirEsta marcou bem a sua vida, amigo Caio!
ResponderExcluirFicou lanhado, mordido e sem a falta dos abraços que ligam as almas.
Quem já não passou por isto?
Abraço,
Jorge
Só amor assim, desse jeito que nos contou, fica guardado. Amor 'danado de bom', apesar de ...
ResponderExcluirO poema diz tudo: a diferença entre os que amam e guardam na memória e os que apenas "nos encontram" e são esquecidos! Abraço
ResponderExcluirCaros amigos, grato por sua presença e participação, estímulo essencial para seguir escrevendo - como dizia Ismal Silva - até um dia aprender.
ResponderExcluirAbração a todos.