(img:cvm-portman/holograma2011)
Meu novo amor é um mistério!
Surgiu assim como do caos
incólume, envolta em rituais
de inomináveis transparências
a sorrir, eu quedo e sério...
Meu novo amor se manifesta
com palavras pegas a dedo
exige sigilos, segredos
e os deixa em versos num varal...
Não sei de seu gosto ou cheiro
sua voz nunca ouvi, um lampejo
do olhar me diz ser ardente
e louca, palhaça, fatalle.
Se brinco ela chora
se brigo faz festa
a chamo de bicho,
diz que sou bobo
a chamo de tonta,
me diz que sou lobo...
Meu novo amor neutrônico
catódico, cibernético e anônimo
é virtual, quando quer.
Mas, meu deus...
... que linda mulher!...
incólume, envolta em rituais
de inomináveis transparências
a sorrir, eu quedo e sério...
Meu novo amor se manifesta
com palavras pegas a dedo
exige sigilos, segredos
e os deixa em versos num varal...
Não sei de seu gosto ou cheiro
sua voz nunca ouvi, um lampejo
do olhar me diz ser ardente
e louca, palhaça, fatalle.
Se brinco ela chora
se brigo faz festa
a chamo de bicho,
diz que sou bobo
a chamo de tonta,
me diz que sou lobo...
Meu novo amor neutrônico
catódico, cibernético e anônimo
é virtual, quando quer.
Mas, meu deus...
... que linda mulher!...
Interessante, deve ser estultice minha mesmo, mas leio o poema e fico pensando que um músico experimentado poderia tentar uma composição.
ResponderExcluirTudo é possível... Mas que esta mulher é complicada, é!
Abraço, meu amigo Caio.
Jorge
Está parecendo que mais que um mistério esse novo amor é um caso sério. Esse poema deveria chamar-se Holográfica. Mas pelo andar da carruagem deve ser bem real e consistente para terminar dizendo "Bela mulher". Complicado mesmo como diz o companheiro aí de cima.
ResponderExcluirJu.
Que alguém faça por merecer palavras tão românticas...
ResponderExcluirCaio, você bem sabe o quanto gosto de seus poemas, mas este é de beleza rara, tal a simplicidade da construção e a leveza das palavras, como se brincassem umas com as outras. Lúdico, o poema flui com delicadeza e melodia deliciosa.
ResponderExcluirParabéns!
Beijos
Márcia
Caio
ResponderExcluirHá momentos nesses amores que tudo se perdoa, ou suporta revelado por aquele final: "mas que linda mulher".
Por aí, tudo explicadinho.
Abraço.
Milton Martins
Parabéns é uma bela poesia à musa do ciberespaço.
ResponderExcluirJorge, pôr letra em uma música não é tão difícil, temos o ritmo e o compasso. O inverso é coisa para mestres. A Musa em questão não é complicada, não: é mulher... Graças aos deuses! Complicada é a vida, com suas surprezas constantes.
ResponderExcluirJu, pensei nesse título, mas, por ser realmente um caso sério, declinei. Dependendo da leitura, algumas chaves mostram ser, essa linda mulher, muito consistente... Amar em seco, sim, seria complicado. Abraços.
Guaraciaba, muito bom, tê-la por aqui. Não fizesse por merecer, não teria o poema, certo? Mas - pelas dúvidas - lhe darei o recado... Volte sempre, a casa é sua.
Márcia, vamos eternamente aprendendo dos bons poetas; dentre os quais você, em quem me espelho. Seu último livro, "Quero-te ao som do silêncio", é precioso relicário e paradigma para quem se atreva no difícil caminho dos sonetos. Suas palavras sempre me honram e estimulam. Sou-lhe muito grato.
Milton grande batalhador de justas e urgentes causas... explicadinho está, justificado, não. Teria de ser poeta maior, para tanto. Alegra-me sua visita, recomendei sua crônica "O meu tempo do onça" nas Notícias do Boteco enviadas hoje. Pegou na veia, meu amigo!
OLÁ, ESTOU SEGUINDO SEU BLOG, ACHEI MUITO LEGAL, SE QUISER PODE SEGUIR O MEU TAMBÉM, ABRAÇOS.
ResponderExcluirFlávio está feito. Li seu blog, gostei tanto da irreverência, quanto da sensibilidade. Recomendo!
ResponderExcluirAbração.
Valdecy, desculpe-me tê-lo "passado". À medida em que os séculos transcorrem, vamos ficando desatentos... A "Musa do Ciberespaço", merece a homenagem. Grato por sua visita, volte sempre. A casa é sua.
ResponderExcluirO amor é sempre desejado, e para ele abram-se todas as portas! Se rende versos,se explode átomos,se vai tão fundo assim, não precisa justificar, a própria intensidade o faz.
ResponderExcluirOlá, Caio,
ResponderExcluirGostei da mensagem que abre seus comentários! Gostei do blog e do poema...é tão bom quando estamos apaixonados!
Oi...voltei a escrever...te espero lá no meu pedaço!!!!
ResponderExcluirBeijos!!
Teresinha, grato pela visita e comentário, sempre pertinente. Amar é uma arte, paixão é um artifício. Por isso o primeiro é tão difícil e, a segunda, tão imprevisível... Muitas vezes explode, sim, mas entre mortos e feridos salvam-se todos.
ResponderExcluirAbraços.
Aracéli "do Serão", agradeço suas palavras. Paixão é bicho perigoso e traiçoeiro, ruim de ser domado. Conseguindo, é "só alegria", ao menos por certo tempo.
Sol, que notícia boa! Não pare mais não. E dou uma passadinha no teu canto, com certeza. Beijos.
Sem pestanejar, um de seus melhores poemas! E olha que dizer isso não é pouca coisa. Você se superou. SOlto, lúdico e exato. Nada pra cortar, nada pra acrescentar. E´isso, e pronto. Há aí uma musicalidade incrível, uma dança alegre com as palavras de fazer inveja a qualquer poeta.
ResponderExcluirAracéli, lembro-me bem de uma vez em que você escrevia versos num caderninho que até hoje guardo: "Quisera ir pra longe/quisera ser feliz/quisera encontrar/aquele que no olhar/verdade e amor diz..."
ExcluirAchei fantástico, entusiasmei-me e comecei a escrever... Apanhei feito viralata na feira... Sigo apanhando! Grato por suas palavras, e por ser minha maninha querida! Beijos... Você tem de voltar a escrever!