Caio Martins
para Jeanne
(img-art: cvm - bonhan-carter )
Te amo...
Mas, não lutarás minhas batalhas
nem poderás, ensandecida e frágil
conhecer minha luz, minha loucura.
Te amo...
Dizes que não mais, enquanto espalhas
vestígios de teu riso inigualável
no pó de meus caminhos obscuros.
E no teu tecer de leves brilhos, insolúveis
fantasias e tontos dizeres de descrença
curiosa qual criança, vem, e te diria...
... te amo...
menos que posso
mais que deveria.
Da interminável e densa e intensa batalha entre memória e história, o que resta são palavras. Só palavras.
Serão eventualmente garimpadas nos escombros do futuro. Estão convidados, porém, a revirar hoje o blogue pelo avesso.
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As poesias de Caio são mesclas de emoção, paixão e bem descritas.
ResponderExcluirMas esta surpreende pelo final.
"... te amo...
menos que posso
mais que deveria."
Então, eu calo.
Abraço,
Jorge
Caio
ResponderExcluirCada poema melhor que o outro. Neste, eu pelo menos entendi que a mulher amada sempre reserva uma face insondável.
Quanto à música "Fascinação" com Elis, é de arrepiar. Insubstituível. Parabéns. Milton Martins
E´difícil escolher um entre tantos. Mas este, Caio, é um dos teus melhores poemas. Conciso, sem artifícios. Como quem confessa, como quem declara porque é inevitável.
ResponderExcluirCaio, este poema é belíssimo. Arrisco dizer que, de todos os seus que já li, é o mais encantador...
ResponderExcluirJustifico: "Achados Perdidos" é com certeza um poema elaborado com muito cuidado e trabalho, o que confere a ele uma construção poética fluida, com o uso de palavras simples e de fácil compreensão. E como é difícil falar a respeito da condição humana, dos conflitos, de nossos encontros e desencontros, da razão e da emoção, da constatação da realidade que vai de encontro aos desejos assim tão naturalmente!
Parabéns!
Beijos
Márcia
Jorge, grato por suas palavras, há em todo vínculo sempre sensações contraditórias desde o início. O temor da perda de identidade, improvável, nos limita, ao par do desejo de entrega "total", que inexiste.
ResponderExcluirMilton,você é muito generoso,e a verdade é que todos reservamos essa face insondável. Elis... Como diz o Sader, melhor calar.
Araceli,essa, a palavra: inevitável! A inconsciência é pródiga em firulas e artifícios, e a lucidez deles prescinde. Declaro, solenemente, que esse não é, definitivamente, poeminha para seduzir moça tonta...
Márcia, é vero! A realidade raramente vai ao encontro dos desejos: normalmente tromba com eles. Quanto à "construção", sua orientação foi decisiva. Há que espelhar-se nos melhores.
Forte abraço a todos.
Encantada com este poema, Caio. É raro, cada dia mais raro encontrar versos de amor com tanta intensidade e originalidade. E a surpresa com a terceira estrofe em alexandrinos e, mais ainda, com o terceto final, primoroso, ele mesmo um alexandrino desdobrado.
ResponderExcluirJá tens mais uma fã!
Beijos
Anga, grato por suas palavras, tão amáveis. Confesso não ter tido maior preocupação com a forma, dada a intensidade do conteúdo. Mas, o poema muitas vezes exige desenho próprio, lapidação estrutural exclusiva e requintada. Esse jamais existiria em outro formato. Vez por outra, acertamos.
ResponderExcluirAbraços, volte sempre que a casa é sua.