Caio Martins
(img: cvm - leca99 - “mulher, imagens e poemas”.)
a mesma bebida amarga
essa distância imprudente
impudica e reticente
as frases largas de sempre.
Como se não houvesse
nas mesmas taças
o mesmo vinho
o mesmo veneno sutil
esperando em nossas veias.
Tudo seria tão fácil, transparente
se dos corpos em estilhaço, os copos
falassem sua linguagem sólida
sem espantos nem encantos
frágeis como metais.
A difícil supostamente vida fácil, retratada por Caio Venâncio Martins. Aqule abraço, parabéns.
ResponderExcluirNas nossas veias não corre sangue puro. O vinho inebriante dos sonhos e o fatal veneno das bruxas e bruxinhas estão sempre presentes.
ResponderExcluirMuito bom, Venâncio.
Esse veneno sutil da paixão deixa de fato as pessoas em estilhaços. Dificil é catar os caquinhos e pôr tudo de volta no lugar.
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