Da interminável e densa e intensa batalha entre memória e história, o que resta são palavras. Só palavras.
Serão eventualmente garimpadas nos escombros do futuro. Estão convidados, porém, a revirar hoje o blogue pelo avesso.
1 de mai. de 2009
CECÍLIA
Caio Martins
(img: cvm - ceci e a rosa-2001/09)
Menina feita de mar
de amores, de maresia
de noite se faz de bicho
se faz de gente de dia.
De dia se faz de areia
de noite, de fantasia
Cecília feita de sal
de sol e de ardentia.
Desfaz mistérios da rosa
desfeita em ar de preguiça
de paixão sem endereço.
Mas quando Cecília nua
se enrosca no meu abraço
o mundo vira do avesso.
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Dá gosto de ler e reler!
ResponderExcluirO Sader não reparou. O poema é feito por quatro trovas e um terceto. Classe...
ResponderExcluirTem que ver o mano-véio na roda de samba no improviso e no repente de quadra e quadrão.... O mané tinha que se meter nessa porra de pólitica e quase a gente perde o poeta agora taí de volta tá ligado?? e fui..,.
ResponderExcluirCaio
ResponderExcluirPoesia singela, bonita, boa rima. Como pode nota, gostei muito. Milton Martins