Caio Martins
Solicitamos, a quem reproduzir, que respeite a autoria. Encontramos, em alguns sites, plágios descarados deste livro. Não é ético, é imoral e criminoso. Nada a obstar às citações honestas, que mencionem autoria e fonte. Tudo a combater contra "vampiros" e "sanguessugas" que se aproveitam do trabalho alheio. Esta é uma causa de todo escritor honesto e leitor consciente.
1. O carro
Tem carro de boi, e tem carreta. Carreta, ou carroção, tem roda raiada e é muda, não canta. Carro de boi tem roda inteira, e canta para se ouvir de léguas, seja gaita, pombo ou baixão . É coisa de sertanejo, é uma saudade doída de um tempo onde se ia devagar, mas havia mais tempo para ver e entender as coisas. Saber de carro de boi, é mexer com magia, é entender a alma da madeira e do ferro, da terra e do fogo, da água e do ar... [...]
(img: capa -1ª edição- 1997 - esgotada)
Veja matéria completa em http://caiovmartins.blogspot.com/p/o-carro-de-boi.html
Não entendo a magia, acho que nunca vi um de perto...
ResponderExcluirÉ quase um lamento perdido na memória... E como dói. Abraço!
ResponderExcluirVanessa, não há como explicar. O relato busca retratar uma época e sua cultura, falando de um veículo que permaneceu mais de quatro séculos rodando por esses brasis. Se tiver tempo ou disposição, leia sem pressa, a passo. O carro de boi mais singelo é uma obra de arte. E, os bois, cada um tem seu jeitão e personalidade. Depois, estão os "causos", as comidas. Povo sem memória é povo sem história, logo sem identidade, portanto sem liberdade, digo ali.
ResponderExcluirLancei a chamada por descobrir que meu trabalho foi plagiado, na web, por alguns vampiros inescrupulosos. Tem alho e sal grosso na sua cozinha? Estaca de cabreúva também server...
Nydia, moleque no sertão, ficava ouvindo o canto dos carros de boi. E me extasiava com os causos dos carreiros, tropeiros e da "caipirada". Ficou na memória, escrevi a história. Infelizmente, o que não dói, mas causa funda indignação, é a atitude imoral dos que preferem meter a mão na obra alheia.
ResponderExcluirAté o fim do ano possivelmente lance a segunda edição, mais completa e atualizada. Abraços, grato por sua presença.
carro de boi...minha infância tem alguns! Andei neles por caminhos variados, ouvindo seu canto, seu lamento, sua sinfonia, seu pedido de socorro por aqueles que o puxa: os bois. observar a construção de um desses carros é construir na alma uma parada para a sapiência e para a ciência. Ler seu post me fez viajar no tempo, no meu sertão!
ResponderExcluirObrigada pelo carinho do comentário no Pesponteando...Bjs
Grande Paula, dizia meu "vô" Venâncio que boi nenhum carrega mais que pode. No contracanto, está "Linha de Montagem", do Chico Buarque:
ResponderExcluirEu não sei bem o que seja
Mas sei que seja o que será
O que será que será que se veja
Vai passar por lá,
falando da construção de veículos de aço, em série e sem alma. Carro de boi é mais como nós mesmos: somos nossos únicos e exclusivos carpinas, artesãos, ferreiros... Disso decorre nosso canto, talvez respondendo também à Vanessa.
Beijos, minha menina. É grande honra e alegria recebê-la nesta comitiva.
Conheço o trabalho de Caio há bons anos. Este talvez seja o mais expressivo; trata de um Brasil que pocos conhecem. É prciso ter-se raízes no local para expessar o interior com tanta fidelidade.
ResponderExcluirParabéns, amigo.
Jorge
Jorge, a origem de tudo está no sertão. Molequinho ainda, passei uns tempos no sítio do "vô" Venâncio, que me ensinou a terra, matas, bichos, o povo. Escrevi relato de férias, puseram no mural. Se perdeu, mas o amor ficou. Foram muitos retornos, aquele universo me ficou marcado definitivamente.
ResponderExcluirHoje? Amigo, que saudade...
Lendo este escrito me deu vontade de sair desta selva de pedra que é São Paulo...
ResponderExcluirA cada dia que passa tenho mais certeza que em vez de carros na rua..quero ver carros de boi...
Agradecido pelas visitas e pelas palavras no Rembrandt
abraço
Juan, certamente essa vontade não é só sua. Invés de centro da melhor qualidade de vida, as grandes cidades tornaram-se máquinas de moer gente.
ResponderExcluirHoje carro de boi é objeto de paixão, como do pessoal da Fazenda Curral Velho, do Reinildo Alves. Entre no link "Carro de Boi", na coluna "Recomendamos:" e divirta-se.
Grato pelas palavras e a visita. Abração.
Reclamação: tentei comentar no mosquito maluco que testa possibilidades, e ele não deixou!
ResponderExcluirhahahah
Walkíria, deu para rir com a história do mosquito... Trocara o modelo do blog, houve problemas e abri uma cópia para testes. Exatamente na hora do cafezinho você entrou nela, antes de eu bloquear à visitação...
ResponderExcluirLanço seu link no "Recomendamos" em seguida, foi esquecimento imperdoável.
Abração.
http://meudivaenacozinha.blogspot.com/2010/06/amor-como-artesanato.html
ResponderExcluirVanesa, grato pela publicação da frase:
ResponderExcluir"Acredito que amor seja um artesanato sem prazo fixo. Não há padrão e nem "kit" de montagem para comprar pela internet. É construção miudinha, pedra sobre pedra".
Certamente não saberá bem a voluntariosos, preguiçosos e ilusos, pois implica em paciente e infindo trabalho. O demais é conversa mole para boi dormir...
Abração, passo depois pela cozinha!
Vim conhecer seu blog e ví-me envolvida e encantada com a leitura dos seus textos. Sem a menor dúvida vou segui-lo, pois não me permitirei mais perder nada que vc escreva.
ResponderExcluirCheia de pretenção e atrevimento, convido-o para tomar um chocolate quente comigo e conhecer meu espaço. Quem sabe, vc me dê a honra de seguir-me também. Se não, ao menos deixe-me um comentário para eu saber que vc esteve lá. Isso já me deixará muito feliz.
Esperarei você.
Uma semana feliz e criativa.
Beijos
Lua, grato pela visita, que retribuirei com o devido carinho, mas já passei para incluir-me entre os seus seguidores. Fiquei feliz com suas palavras, você é muito gentil.
ResponderExcluirBeijos, a casa é sua.
DEI UMA "VORTINHA" NO CARRO SIM E O QUE QUERO SABER É DAS GOROROBAS.
ResponderExcluirVIU MOÇO?
Bárbara... a receita que mandou está no item "12 - Receitas Diversas", do link para a matéria completa há dias... Tem certeza de ter "dado uma vortinha" no carro de bois certo?
ResponderExcluirAbração, cumadi!
Cumpadi, mó que vô te mandá uns truqui qui aprendi com as erva e os matu e tu vai bombá direitinho esse teu coração.
ResponderExcluirArre!
Mó qui vô mandá naquilo qui é correio de letrinha que avoa.
Há alguma magia escondida nessas palavras? Uma beleza rústica e melancólica consigo ver..
ResponderExcluir"um tempo onde se ia devagar, mas havia mais tempo para ver e entender as coisas"
quero morar nesse lugar..
Pois pode mandar por esse trem, Bárbara. Obrigado pela atenção.
ResponderExcluirEster, há ainda alguns redutos dessa cultura, como na Fazenda Curral Velho, de Renildo N. Alves, nas Minas Gerais e nas festas da região. Dá para ter idéia da magia dessas obras de arte. Tudo se harmoniza, num carro de bois. Eu também gostaria de "morar lá", naqueles tempos. Não era uma vida fácil. Mas era simples.
ResponderExcluirAbração. Grato pela presença e palavras.