Caio Martins.
(img: cvm - laura -1999)
Desenho-te em tintas fortes
e percorro traço a traço
teu corpo inexplicável
de fêmea, flor, formas
frágeis transparências.
E vens, tão nua espalhas
pincéis, palhetas, potes
telas, trapos, imagens
me desenhas insensata
numa imensa confusão
de pernas e bocas e abraços...
É quando, quase sem querer
gravas tua dor na minha pele
recebes meu murmúrio entre teus seios,
nada mais que um homem
nada além de uma mulher.
(em "mulher - imagens e poemas" - 1999 - fundação pró-memória.)
Da interminável e densa e intensa batalha entre memória e história, o que resta são palavras. Só palavras.
Serão eventualmente garimpadas nos escombros do futuro. Estão convidados, porém, a revirar hoje o blogue pelo avesso.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Categorias, temas e títulos
Anti-horário
(1)
Crônicas
(60)
Elis
(7)
Notas
(2)
Pensão da Zulmira
(19)
Poemas
(111)
Sertão
(4)
Vídeos
(26)
Zero Hora
(6)
A mística das cores e tintas, telas e pincéis tem expressão na linguagem dos corpos, quando neles se traça os desenhos das carícias.
ResponderExcluirNessa magia somos real e simplesmente apenas uma mulher, um homem...
Tchüss. Bjs.
Homem e mulher/ Na pintura do poema/ Escrevendo cenas... ** Um bom Natal!!
ResponderExcluirPois é, Cris,
ResponderExcluirpodemos fazer uma obra de arte, ou derrubar os potes, rasgar as telas e quebrar cavaletes e pincéis...
Flô,um prazer vê-la por aqui. Vi teus sonetos, cartas de amor, hay-kays... Há que ler com tempo e calma. Seguiremos "escrevendo cenas", "na pintura do poema". Belas festas e um excelente 2010.