3 de nov. de 2015

ÀS MUSAS

Caio Martins 


















Perdoem, Musas de meus amores
- eu, que raro falo de mim –
por asperezas e feridades:
não escolhi minhas guerras nem batalhas.
Não me servirão de conforto ou de mortalha
não as percorrerei, como a cidades
devassadas por ímpios mercenários.
Eu
as quero premeditado, sutil, efêmero
vate estrafalário trânsfuga dos guetos
- orgíaco em paixões inexplicáveis -
que amando sedução, aromas, vaidades
tantas malícias e cores
as descrevo e fotografo em branco e preto.

8 comentários:

  1. O final está fulminante, Caio!
    Abraço.

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    1. Quê dizer? As grandes paixões e seus mistérios quase sempre não se revelam nas nuances, mas, nos contrastes... Forte abraço, Jorge!

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  2. Nada a dizer como inimiga...como amiga e visitante, feliz dessas "musas"!

    Abraços do Pedra do Sertão

    Venha nos visitar tb.

    www.pedradosertao.blogspot.com.br

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    1. A existência é definida e marcada por Musas desde seu início... A última levará o botim e seus troféus. Abraços, minha amiga!

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  3. Esse poema flui e encanta... Coisa mais linda, Caio!

    Beijos

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    1. Grato, Márcia! Vezes há em que não sabemos se a fotografia escreve ou se a escrita fotografa... Você sabe bem como é isso, não é? Beijos!

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Na busca da excelência aprende-se mais com os inimigos que com os amigos. Estes festejam todas nossas besteiras e involuímos. Aqueles, criticam até nossos melhores acertos e nos superamos.

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