Caio Martins
Para Márcia Sanchez e Luiz de Miranda.
Para Márcia Sanchez e Luiz de Miranda.
(Valkyrie's Vigil by Edward Robert Hughes)
Quando, feroz e imortal, rugia
aços massacrados em fúria
de combates porventura confessáveis
de combates porventura confessáveis
amores me foram prêmio fugidio.
às valquírias - caprichosas no refrange
dos que vão morrer em batalha -
é que sei do gosto de meu sangue...
De solertes inimigos depredados
De solertes inimigos depredados
o tive farto, nas lanças mercenárias
e renuir a batalhas de salvar o gado
leva a verve a sendeiros protelados...
à Poesia, flor inatingível por precária.
Caio
ResponderExcluirPoesia muito bonita, bem estruturada. Abraço. Milton Martins
Grato, meu querido amigo! É, na realidade, um soneto que não deu certo na forma, e complexo no conteúdo. Forte abraço.
Excluiro amor brilha mais que o lúmen da espadas.
ResponderExcluirbeijos
Assim pressinto, Ana. Mas, quem tanto lidou com a segunda, só tem - de seu - a frágil e volúvel Poesia para roçar o primeiro. Beijos.
ExcluirGostei muito. Parabéns. Creio eu, que poetas não se intimidam em mostra seu interior. Beijos.
ResponderExcluirGrato, Dulcinea. Função maior, porém, é mostrar a prevalência do que é universal, como lutar, amar... Beijos, minha querida amiga!
ExcluirO tempo passa e as batalhas são outras, assim como as armas usadas. O resultado, porém, pode ser o mesmo, ainda que seja através da Poesia, que de frágil não tem nada... Maravilha de viagem ao tempo, lindeza de poema, Caio!
ResponderExcluirAgradeço pela dedicatória, que em muito me honra!
Beijos
Márcia
É vero, Márcia... o metafórico define o essencial, e a Poesia neste se (con)centra.
ExcluirA dedicação é pelo reconhecimento, afeto e respeito que tenho por você e o Luiz. Cada um, a seu modo, definem universos da literatura brasileira. Beijos.
Geralmente os prosadores não são bons poetas. Mas isto não é regra. Prova o Caio, neste 'soneto tentado'.
ResponderExcluirAbraço,
Jorge
Escrever, Mestre Jorge, é no fim tudo igual... você passa adiante um fato, sentimento, pensamento ou, enfim, qualquer coisa que incomoda e pede espaço para se realizar. Mal importa a forma... o que vale é o conteúdo. Forte abraço.
ExcluirA poesia agradece.
ResponderExcluirE o coração com jeito poético de ser, tem a audição aguçada
Para ouvir o que o mestre tanto mais poético tem a dizer...
E sempre tem pérolas e graça.
Casciano Lopes.
Casciano, a Poesia, como as Musas, são imprevisíveis e caprichosas, temperamentais e indomáveis... Há, vez por outra, que tentar seduzi-las com força retórica, protegidos na armadura dum soneto. Mesmo que derrotados, nos acolherão ao colo e secarão eventuais lamúrias.
ExcluirGrato por suas palavras, que muito me honram.
Caio, excelente soneto, boas escolhas lexicais e de um um nível metafórico exuberante! Caio-me a teus pés.
ResponderExcluirCícero, renunciar ao vocabulário apenas pela aceitação da moda ou da maioria é, ademais de mediocridade crassa, renunciar à riqueza do idioma. A expressão, da gíria mais novedosa ao mais erudito vocábulo, não pode ater-se ao básico e, menos ainda, nivelar-se - assim - por baixo.
ResponderExcluirO idioma faz a identidade de um povo. Povo sem identidade, é povo sem liberdade por não mais ter memória e, por isso, história. Forte abraço.