(img: cvm - leca35 - 2007)
Te diria todas as palavras
me denunciarias em quaisquer gestos
e náufragos, bêbados, tontos
me perderia em teus caprichos
irremediavelmente
até rasgar-me nos cacos
de teu riso cristalino de mulher...
Até
deixares teus cheiros em meu espaço
rastros de tuas garras em minha pele
e em minha boca teu gosto de (a)mar...
Até
ver a porta que abriste
incerta
fechar-se após teus passos desertos.
Até
alçares, liberta, teu voo
após dizer-me até sempre...
quem sabe...
nunca mais...
(aeroporto de congonhas - 25/12/07)
Caio
ResponderExcluirEsses amores passageiros que ficam...forever.
Abraço
Milton Martins
O amor para sempre, na certeza do nunca mais.
ResponderExcluirBahia/1997 Teresinha Oliveira
Belo poema, Caio! É daqueles que podem e devem ser lidos de trás para frente - não pelo conteúdo das palavras, mas pela cronologia emocional existente no contexto.
ResponderExcluirBeijos
Márcia
Até, até, "até que o mundo se acabar.
ResponderExcluirEu, chorei, chorei demais..."
Lembra a música, Caio.
Abraço,
Jorge
Caro Milton, e ficam... Alguns como luz na alma, outros como cicatrizes...
ResponderExcluirTeresinha, que frase mais lírica:
O amor para sempre
Na certeza do nunca mais...
Sensação de nascimento de um belo poema! Não o deixe acanhado: dê-lhe órbita e trajetória...
Márcia, realmente sua observação me surpreendeu... Li pelo avesso, o sentido permanece mas a emoção transparece. Não por acaso me espelho no seu talento e me inspiro na sua sensibilidade.
Mestre Jorge, se tivermos de chorar por alguma coisa, que seja por amar demais... "Se não tivesse o amor", sua referência, certo? "Melhor era tudo se acabar..."