Caio Martins.
(img: cvm - laura -1999)
Desenho-te em tintas fortes
e percorro traço a traço
teu corpo inexplicável
de fêmea, flor, formas
frágeis transparências.
E vens, tão nua espalhas
pincéis, palhetas, potes
telas, trapos, imagens
me desenhas insensata
numa imensa confusão
de pernas e bocas e abraços...
É quando, quase sem querer
gravas teu lamento em minha pele
recebes meu murmúrio entre teus seios,
nada mais que um homem
nada além de uma mulher.
(em "mulher - imagens e poemas" - 1999 - fundação pró-memória.)
Da interminável e densa e intensa batalha entre memória e história, o que resta são palavras. Só palavras.
Serão eventualmente garimpadas nos escombros do futuro. Estão convidados, porém, a revirar hoje o blogue pelo avesso.
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"nada mais que um homem
ResponderExcluirnada além de uma mulher." Verdadeiro, bom de se ler e romântico. Coisas do Caio...
Jorge, os bichos não mistificam nem mitificam instintos; é-lhes indiferente, o sexo, fora do cio. Nós complicamos muito as coisas, marujo!
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