(img: cvm. Jaquie028-2002 - tela)
Não, não me perdoes
não me decifres, nem
adivinhes em tese
ou por força de ofício...
Vem só sóbria, nua
sem fim e sem início.
Jamais, meu amor
peças desculpas
ou que te entenda
subentenda ou profetize...
Vem só com o pudor
profano das meretrizes.
Teriam as prostitutas pudor profano? Quem sabe, se decifradas. Abraço.
ResponderExcluirMilton, a prostituta é contemplada no Antigo Testamento e mitos mais antigos (cf.: The Sacred Prostitute - Nancy Qualls-Corbett, cuja leitura recomendo) e representa o "eterno feminino" em sua plena expressão. Quanto ao sagrado ou profano, no pudor de hoje, nada tem a ver com a maximização da troca sexual por proteção, abrigo e segurança para si e os filhotes, dos tempos patriarcais.
ExcluirSão indecifráveis. Há, minimamente, que seguir-lhes ou não os ritos e sinais (no caso, a rosa vermelha na imagem cinza). Abração.
Lirismo e ironia na medida exata. Perfeito, Caio!
ResponderExcluirBeijos.
Grato, Márcia. O jogo implícito nem sempre - ou raramente - coincide ou concorda com o explícito. São algumas vezes mesmo adversos, contraditórios. Há, neles, um limite tênue - e irônico - entre o sagrado e o profano, entre a luxúria e o lirismo. Bjs.
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