Para Márcia.

(img: cvm - PB sob foto de msluz - jan/2012)
Rolam, ante meus olhos, transparências
de inigualável nitidez, essências
de meus mortos, de meus amores idos.
Cala-se, a voz, num silêncio contido.
Testei-lhe, Vida, todos os limites:
nuns fui herói, já em outros, fugi!
Dos amores que tive, consegui
cicatrizes tais que densos grafites...
Tantos lugares, meus seres queridos
tatuaram suas marcas no que insiste
em triturar os prazos decorridos...
Preciosa me é, a rara existência
e um só amor etéreo, ao fim, resiste.
Nada sei de saudades... Só de ausências...