(img: - cvm - jakie/71)
Te vais de mim
assim mansamente
como um sopro, um
frágil suspiro...
Me deixas na pele
trilhas imprecisas
em meus olhos tua voz
a dizer que me amas.
Por tudo teu cheiro
na boca teu gosto
na cama a calcinha
na mente o caos.
E te esvais de mim...
Eu deveria morrer de desgosto!
Mas, amor, vens e teu poeta
trânsfuga irreparável
dentre tantas Musas vadias
abre porta, braços, geladeira...
Somos depois, enfim,
- entre uma cerveja vulgar
e prosaicas batatas fritas -
o mesmo verso tosco
a mesma torpe poesia.
Mas acontece mesmo e somos completamente incapazes de resolver bem este problema.
ResponderExcluirAbraço.
Jorge
Jorge, se a paixão é serena e intranscendente, está tudo resolvido. Se intempestiva, acaba virando letra de bolero ou tango... ou termina no noticiário policial. Forte abraço!
ExcluirCaio, acho que foi a Clarice Lispector que disse que "viver ultrapassa qualquer entendimento". Eu acrescentaria que amar também.
ResponderExcluirGostaria de revê-lo. Na paz.
Jane.
Foi a Clarice, sim. A chave do poema é essa: quem ama aceita como é sem explicações, não destrói e não prende, mas, liberta.
ResponderExcluirHaverá oportunidade. Sigo em São Caetano, me encontrará via Jornal ABC Repórter. Abraços.
Explicar o sentir é algo complicado, ou melhor, quase impossível. A poesia possibilita, encoraja, liberta, assim como o amor...
ResponderExcluirBelo poema, Caio!
Beijos
Márcia
Grato, Márcia Sanchez Luz! Sinto-me honrado. Um poeta menor sempre se rejubila com o incentivo de um Poeta Maior, como você.
ResponderExcluirBeijos.
Tem um quê de realidade misturado à poesia que impacta a leitura. E traz a sensação final de que no amor se é sozinho! É como se recomeçasse sempre - abre porta, braços, geladeira...
ResponderExcluirÉ vero... e a desfrutar de coisas singelas como cerveja e batatinha frita... Grato pela visita, Maria Coelho.
Excluir