(img: - cvm - jakie/71)
Te vais de mim
assim mansamente
como um sopro, um
frágil suspiro...
Me deixas na pele
trilhas imprecisas
em meus olhos tua voz
a dizer que me amas.
Por tudo teu cheiro
na boca teu gosto
na cama a calcinha
na mente o caos.
E te esvais de mim...
Eu deveria morrer de desgosto!
Mas, amor, vens e teu poeta
trânsfuga irreparável
dentre tantas Musas vadias
abre porta, braços, geladeira...
Somos depois, enfim,
- entre uma cerveja vulgar
e prosaicas batatas fritas -
o mesmo verso tosco
a mesma torpe poesia.