Caio Martins
Para Jeanne.
Para Jeanne.
(img: cvm - nicportman-huble)
A lua, meu amor
torta
corta os céus, mero traço.
Apenumbras...
Em que pese, te percorro a passo
beijo a beijo, impune
me sorves, absolves
e tua volúpia paira instantes
em meus braços.
Luminescências tardias,
imperceptível halo cravam
meus olhos, tua alma,
finas lâminas incertas.
Não era a paixão que querias
nem o amor que eu desejava...
Mas, incontida, ris!
Estilhaças a madrugada
com os cristais de teu riso...
já nada mais preciso
já nada mais importa...
Em breve, amor, a lua
refringente e oclusa e fria
estará morta.
(scs - 23/08/12)
(scs - 23/08/12)