Caio Martins
(img: paola en el sofá - fabian pérez)
Não, não canso de olhar-te nua
imortal, etereal, imprecisa
perfeição de cinzas inconcisas
na semiluz a espiar da rua.
Imóvel, pulsa em minha palma
teu seio e em minha pele
teu calor e cheiro e calma
de mulher que se resvala...
Como ficas linda e sem nome
quando após a posse, em ulo,
desabas, já nada te consome...
Deixo-te dormir infinda e quieta
enroscada em mim feito em casulo
enroscada em mim feito em casulo
antes que te faças borboleta...
(scs - 26/07/12)
(scs - 26/07/12)